domingo, 30 de setembro de 2012

Oúma Karai Octubre: O Mês de Outubro e a Tradição Guarani




POR. Esta é uma tradição Guarani que passa de geração a geração a cada ano com a chegada do mês de outubro: Karai Octubre ou O Senhor Outubro. Aprendamos um pouco sobre esta tradição, conforme nos explica Adriana Alvarenga em seu artigo para o website Visite Missiones.
No dia 1º de outubro é revivida uma tradição anual guarani, profundamente enraizada e conhecida. Na verdade, com o início do décimo mês sairá da mata um personagem mítico chamado Karai Octubre – O Senhor Outubro. Segundo nos conta uma lenda guarani, este homem que carrega seu chicote nas abas largas de seu chapéu de palha esfarrapado vive sozinho na mata. Ninguém consegue vê-lo a não ser uma vez por ano quando aparece para assegurar que se cumpra a tradição do dia primeiro de outubro. Vem preparado com seu chicote pronto para punir aqueles que se atrevem a desafiar este costume.
Para o povo Guarani, outubro é um mês de poucas colheitas e de escassez  de alimentos. Na época em que floreciam os ipês, diminuiam os estoques de alimentos, uma vez que não havia frutas para colher na mata, os animais se encontravam muito magros pelo fim do inverno e o plantio  de milho, mandioca e batata doce apenas começavam.
O Senhor Outubro simboliza a pobreza, a miséria e o sofrimento. Ele só vai embora com uma panela cheia de comida. Se não há o bastante, permanece com aquela família para o ano inteiro e, além disso, a miséria os acompanhará ao longo do ano, com as suas consequências desastrosas. Assim, em cada casa, cada primeiro de outubro, não falta o ‘Jopará’, um ensopado de  grãos e carnes (ver receita abaixo). Dessa forma,  toda a família ficará tranquila para o resto do ano. Mas aqueles que resistem e são mesquinhos com o alimento deste dia terão de viver com fome para o resto do ano. Esta tradição ensina o agricultor a guardar alimentos para sua família para os meses das vacas magras que começa em outubro e que cobre os últimos meses do ano."
O jopará, como explica o Prof David Galeano, é feito na panela de ferro e cozido no carvão ou lenha no braseiro tradicional. A tarefa de preparar o jopara toma quase toda a manhã e, ao lado do braseiro, vai se cozinhando a  mandioca, o companheiro mais adequado para jopara. A tradição camponesa nos mostra anualmente toda a família reunida nesse dia em torno da mesa para consumir o jopará e a mandioca ainda soltando fumaça e, assim, suportar todas as agruras deste mês de escassez.
O professor também nos explica que a "modernidade" dificulta um pouco a preparação do jopará seguindo o ritual acima e é por isso que nesta data nos centros urbanos, onde as pessoas trabalham em escritórios e já não tem o tempo necessário para preparar o jopará, ocorre um fenômeno interessante: ao meio-dia todos vão aos mercados municipais ou centros gastronómico para comer o seu jopará. Assim, estes centros preparam uma grande quantidade de jopará para satisfazer a procura elevada durante o dia.

Jopará
 

RECEITA JOPARÁ
Ingredientes:

                     * Milho Branco: 1/4 kg.
                     * Charque: 1/4 kg. (pode ser substituído por carne assada, salgada e seca)
                     * Mandioca: 1/4 kg.
                     * Batata doce: 3
                     * Feijão: 1/4 kg.
                     * Cebola: 1
                     * Gordura: 1/2 xícara
                     * Sal

Deixar o feijão e milho de molho durante a noite. Cozinhá-los separadamente, sem sal, para evitar que endureçam. Separadamente fritar a cebola picada na gordura, adicionar a mandioca e abatata-doce e os pedaços desfiados da carne seca (ou carne). Quando o milho e o feijão estiverem macios, adicionar os ingredientes fritos. Deixar cozinhar por 20 minutos.


Karai Octubre

ESP. Esta es una tradición guaraní que pasa de generación a generación cada año con la llegada del mes de octubre: Octubre Karai o El Senõr Octubre. Vamos a aprender un poco más acerca de esta tradición com Adriana Alvarenga explica en su artículo del sitio VisiteMissiones.
"El 1 de octubre, se revive para los guaraníes una tradición anual, muy arraigada y conocida. En efecto, con el inicio de este décimo mes también saldrá del monte un mítico personaje llamado Karai Octubre Según cuenta la leyenda  guaraní, este hombre que ahora trenza su látigo de ysypo  resguardado en las anchas alas de su raído sombrero de paja vive solo en el monte. Nadie lo ve sino una sola vez al año. Aparece para comprobar que se cumpla la tradición de siempre el primer día de octubre. Viene preparado, con su rebenque listo para castigar a quienes se atrevan a desafiar la costumbre.
Para los guaraníes, octubre es un mes de pocas cosechas y donde escasean alimentos. Los aborígenes notaban que en la época en que florecían los lapachos, disminuían las reservas de alimento, ya que no había frutos que recoger en el monte y los animales estaban muy flacos por la salida del invierno, y la agricultura que hacían como ser maíz, mandioca, batata, recién se sembraban a partir de allí.
Karai Octubre es la pobreza, la miseria, las penurias. Se le ahuyenta solamente con una olla repleta de comida. Si no encuentra suficiente se queda con esa familia para todo el año y, además de los rebencazos, la miseria les acompañará por todo el año, con sus nefastas consecuencias. De ahí que en todas las casas, cada primero de octubre, no falte el puchero bien servido. De esa forma la conciencia de toda la familia quedará tranquila por el resto del año. En cambio aquellos que se resistan y mezquinen la comida de ese día tendrán que convivir con el hambre por el resto del año. Esta tradición enseña al campesino a prever el alimento para los suyos durante los meses de “vacas flacas”, época que se inicia en octubre y que abarca los últimos meses del año."
El jopara, como nos explica el Prof. David Galeano,  se hace en la olla de hierro, con fuego de carbón o leña, en el tradicional brasero. La faena para preparar el jopara lleva prácticamente toda la mañana; y al lado se hará hervir la mandioca que se convertirá en el acompañante más indicado para el jopara. La tradición campesina nos muestra anualmente, a toda la familia reunida ese día en torno a la mesa, a la siesta, para consumir el jopara y la humeante mandioca, a modo de preparación para soportar este mes de carencias.
El profesor también nos explica que la “modernidad” dificulta en algo la elaboración del jopara siguiendo el ritual antes mencionado; es por eso que esa fecha, en los centros urbanos -donde la gente trabaja en las oficinas y ya no tiene el largo tiempo necesario para preparar el jopara- ocurrirá un fenómeno nuevo pero interesante: al mediodía todos concurrirán a los mercados municipales o centros gastronómicos a solicitar su plato de jopara. Es así que estos centros comerciales prepararán litros y litros de jopara para poder satisfacer la gran demanda que habrá en el día.

RECETA JOPARA
Ingredientes:

                    * Maíz blanco: 1/4 kg.
                    * Charque: 1/4 kg. (puede sustituirse por carne asada, salada y seca)
                    * Mandioca: 1/4 kg.
                    * Batatas: 3
                    * Porotos: 1/4 kg.
                    * Cebolla: 1
                    * Grasa: 1/2 taza
                    * Sal

Poner en remojo los porotos y maíz durante la noche. Cocinarlos por separado, sin sal, para evitar endurecerlos. Freír la cebolla picada en la grasa, agregar la mandioca y las batatas cortadas en trocitos y el charque desmenuzado (o la carne). Sazonar. Cuando el maíz esté tierno, incorporar esta salsa y los porotos. Dejar cocinar todo junto durante 20 minutos más.

domingo, 9 de setembro de 2012

Ava Ñe'ê: A Língua Guarani na Cidade de São Paulo


POR Nesta ocasião do Mês de Agosto, Mês do Idioma Guarani, o blog Ñe'ẽete traz um resumo das atividades realizadas na cidade de São Paulo nas quais a língua guarani  e os guaranistas foram os protagonistas.

ESP En esta ocasión del Mes de Agosto, Mes del Idioma Guarani, el  blog Ñe'ẽete presenta un resumen de las actividades llevadas a cabo en la ciudad de São Paulo en las cuales el idioma guaraní y los guaranistas fueran los protagonistas.

O Guarani na Doce Voz de Perla

Prof. Aizza Abdala (centro) marcou presença neste evento.
POR Por meio do projeto Conexão Latina, o Memorial da América Latina promoveu mais uma vez o diálogo entre as culturas musicais de Paraguai e Brasil, através da realização de um show conjunto da cantora paraguaia Perla e o acordeonista brasileiro Oswaldinho do Acordeon, na sexta, 31 de agosto, no Auditório Simón Bolívar.

ESP A través del proyecto Conexión Latina, el  Memorial de América Latina, una vez más promovió el diálogo entre las culturas musicales de Paraguay y Brasil, mediante la realización de un show de  la cantante paraguaya Perla y el acordeonista Oswaldinho do Acordeon el viernes 31 de de agosto en el Auditorio Simón Bolívar.
 

Debate: O Paraguai e os processos de transição para a democracia na América Latina

Arte e Cultura da América Latina (volume XXVI dedicado  ao Paraguai)
POR No dia 31 de agosto, às 18h, assistimos a um proveitoso debate sobre o Paraguai, com a Profª Mariza Bertoli (PROLAM/USP, CESA, ABCA e AICA), Prof. Oswaldo Cogiolla (FFLCH e PROLAM/USP) e José Ap. Rolon (ex-aluno do PROLAM) promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina - Prolam/USP. O evento se realizou no Auditório das Ciências Sociais da FFLCH-USP. Na ocasião, ocorreu também o lançamento da revista Arte e Cultura da América Latina, dedicada ao Paraguai, com exibição de vídeo. Dentre os artigos, cabe destacar o texto Sobrevivência da Língua Guarani no Paraguai e na América do Sul: O Despertar da Militância Cultura do Prof. Mario Ramão Villava Filho. O artigo faz um recorrido pela história da língua, sua difícil sobrevivência e a sua chegada ao século 21 como uma das línguas oficiais do Mercosul.

ESP En el 31 de agosto, a las 18h, ocurrió un fructífero debate sobre el Paraguay que contó con la participación de la Prof. Mariza Bertoli (PROLAM / USP, CESA, ABCA y AICA), del Prof. Oswaldo Cogiolla (FFLCH y PROLAM / USP) y del Prof. José Ap. Rolón (ex-alumno del PROLAM) promocionado por el Programa de Post-graduación en Integración de la América Latina - Prolam/USP. El evento se realizó en local del auditorio de las Ciencias Sociales FFLCH-USP. En esta ocasión, se produjo también el lanzamiento de la revista Arte y Cultura de América Latina, dedicado enteramente al Paraguay, con la presentación de video. Entre los artículos, destacamos el texto La Supervivencia  de la Lengua Guaraní en el Paraguay y en América del Sur: El Despertar de la Militancia Cultural del Prof. Mario Ramão Villava Filho. El artículo hace un recurrido por la historia de la lengua, su difícil supervivencia y su llegada al siglo 21 como una de las lenguas oficiales del Mercosur.

Paraguay Purahéi

 

POR No dia 21 de agosto, Paraguay Purahéi, um trio formado por Romy Martinez (voz), Agustin Roy (piano) e Maiara Moraes (flauta), se apresentou na cidade de São Paulo. O repertório foi composto principalmente por canções em guarani do folclore paraguaio, mas também entraram músicas das regiões de fronteira com Brasil e Argentina. Todas arranjadas lindamente por Agustin Roy.

ESP En el 21 de agostoParaguay Purahéi, un trío formado por Romy Martinez (voz), Agustín Roy (piano) y Maiara Moraes (flauta), realizó un concierto en la ciudad de São Paulo. El repertorio se compone principalmente de las canciones en guarani del folklore paraguayo, pero también de canciones  de las regiones fronterizas con Brasil y Argentina. Todo muy bien arreglado por Roy Agustín.

2º Encontro do Grupo Guarani USP

Grupo Guarani USP. No centro, o cônsul paraguaio, Sr. Idilio Gracia.
POT Além dos eventos já mencionados, no dia 19 de agosto de 2012, aconteceu o 2º Encontro do Grupo Guarani USP, organizado pelos alunos da 1ª turma de guarani. O encontro se realizou na Casa Anarquista (Anarko Róga), no Brás, ao lado da estação do metro. O evento esteve a cargo do Sr. José Luiz Ferreira. O encontro contou com a presença do consul paraguaio Sr. Idilio Gracia. Dentre as atividades, tivemos uma 'partida' de futebol, mágicas com baralhos e músicas em guarani, além de todas as conversas sobre a língua e cultura. Para o almoço, um churrasco acompanhado do trio "infaltável": chipa, mandi'o e sopa paraguaia. Frutas da estação, doces e presentes para a s crianças encerraram as atividades. 
 
ESP En el domingo 19 de agosto de 2012, tuvo lugar el 2º Encuentro del Grupo Guarani USPorganizado por los alumnos del 1º Grupo de Guarani de la Universidad de São Paulo, Brasil. El encuentro se realizó en el local de Anarquista Róga (Anarko Róga), ubicada en el Barrio Brás, al lado de la estación del metro, siendo el coordinador del encuentro el Sr. José Luiz Ferreira. El encuentro contó con la presencia del consul paraguayo Sr. Idilio Gracia. Además de todas las conversaciones sobre el guarani y temas relacionados a él, tuvimos un 'partido' de fútbol, magia con barajas y música en guarani. Para la comida, ademas del asado, el trio "infaltable" también marcó su presencia: chipa, madi'o y sopa paraguaya. Frutas de la estacion, dulces y regalos para los niños encerraron las actividades.

Aulas de Guarani na Universidade de São Paulo

Aula de Guarani na Universidade de São Paulo - Brasil
POR Desde 2011 a Universidade de São Paulo conta com o curso de extensão cultural em língua guarani. Graças aos esforços do Prof. Mario Ramão Villalba Filho e a generosa disposição do Prof. Dr. Eduardo de Almeira Navarro, desde então contamos com o curso semestralmente. Com a saída do Prof. Mario, após seu ingresso na UNILA, em Foz do Iguaçu, a Prof Aizza Abdala tem dado continuidade ao programa aqui em São Paulo. A partir de 2012, o curso passou a contar com um segundo módulo, possibilitando aos alunos e interessados dar proseguimento aos seus estudos deste doce idioma. Atualmente as aulas são ministradas na Faculdade de Letras, sala 166, todas as sextas-feiras às 12:00 h. 
ESP En su blog Café História, el Prof. David Galeano nos habla sobre el curso desarrollado en São Paulo, "En julio de 2009, se inició un valioso proceso entre el Ateneo de Lengua y Cultura Guarani y el Núcleo Cultural Guarani Paraguay Teete, liderado por nuestra compatriota periodista Nancy Areco y el Mg. Mario Ramâo Villialva Filho. Tiempo después, gracias a las gestiones del Mg. Mario Ramâo Villalva Filho y a la amable y generosa predisposición del Prof. Dr. Eduardo de Almeida Navarro, Coordinador de Faculdade de Filosofía, Letras e Ciencias Humanas (FFLCH/USP); a inicios del año 2011, logramos la convocatoria al Primer Curso de Lengua Guarani en la Universidad de São Paulo que, una vez concluido, exitosamente, demandó la realización de otros cursos posteriores. El Prof. Mario Villialva ganó un concurso muy importante para enseñar Guarani en la Universidad Unila de Foz de Yguasu y dio paso a la Lic. Aizza Abdala de Gracia quien actualmente dicta las clases en la Universidad de São Paulo, con la asistencia del Lic. Almir da Silveira." Actualmente las clases son dictadas en la Facultad de Letras, aula 166, todos los viernes a las 12:00 h.

GUA ATENEO DE LENGUA Y CULTURA GUARANI rérape rome’ê ore vy’apavê ha ore jehechakuaa Mbo’ehára Aizza Abdala ha Mbo’ehára Almir da Silveira-pe omombaretevére Guarani ñembo’e Táva Sâo Paulo-pe ha ombojoapýre hekopete Mbo’ehára Mario Ramâo Villialva Filho rembiapo ypy. Maitei horyvéva opavavépe.
David Galeano Olivera
ATENEO Motenondehára