POR. Esta é uma tradição Guarani que passa de
geração a geração a cada ano com a chegada do mês de outubro: Karai Octubre ou O
Senhor Outubro. Aprendamos um pouco sobre esta tradição, conforme nos explica
Adriana Alvarenga em seu artigo para o website Visite Missiones.
“No dia 1º de outubro é revivida uma tradição anual
guarani, profundamente enraizada e
conhecida. Na verdade, com o
início do décimo mês sairá da mata um personagem mítico chamado Karai Octubre – O Senhor Outubro. Segundo nos conta uma lenda guarani, este homem
que carrega seu chicote nas abas largas de seu chapéu de palha esfarrapado
vive sozinho na mata. Ninguém consegue vê-lo a não ser uma vez por
ano quando aparece para assegurar
que se cumpra a tradição do dia primeiro
de outubro. Vem preparado com seu chicote pronto para punir aqueles que se atrevem a desafiar
este costume.
Para o povo Guarani, outubro é um
mês de poucas colheitas e de escassez
de alimentos.
Na época em que floreciam os ipês, diminuiam os estoques de alimentos, uma vez que não
havia frutas para colher na mata,
os animais se encontravam muito magros pelo fim do
inverno e o plantio de milho, mandioca e batata
doce apenas começavam.
O Senhor Outubro simboliza a pobreza, a miséria e o sofrimento.
Ele só vai embora com uma panela cheia de comida. Se não há o bastante, permanece com aquela família para o ano inteiro e, além disso, a miséria os acompanhará
ao longo do ano, com as suas consequências
desastrosas. Assim, em cada casa,
cada primeiro de outubro, não falta o ‘Jopará’, um ensopado de
grãos e carnes (ver receita abaixo). Dessa forma,
toda a família ficará tranquila para o resto do ano. Mas aqueles que
resistem e são mesquinhos com o alimento deste dia terão
de viver com fome para o resto
do ano. Esta tradição ensina o agricultor a
guardar alimentos para sua família para os meses das vacas magras que começa em
outubro e que cobre os últimos
meses do ano."
O jopará,
como explica o Prof David Galeano, é feito na panela
de ferro e cozido no carvão ou
lenha no braseiro tradicional. A tarefa de
preparar o jopara toma quase toda a manhã e, ao lado do braseiro,
vai se cozinhando a mandioca, o companheiro mais
adequado para jopara. A tradição camponesa nos mostra anualmente toda a família reunida nesse dia em
torno da mesa para consumir o jopará e a mandioca ainda
soltando fumaça e, assim, suportar todas as agruras
deste mês de escassez.
O professor também nos explica que a "modernidade"
dificulta um pouco a preparação do jopará
seguindo o ritual acima e é por isso que nesta data nos centros urbanos,
onde as pessoas trabalham em escritórios
e já não tem o tempo necessário para preparar o jopará, ocorre um fenômeno interessante: ao meio-dia todos vão aos mercados municipais ou centros gastronómico para comer o seu jopará. Assim, estes centros
preparam uma grande quantidade de jopará
para satisfazer a procura elevada
durante o dia.
Jopará |
RECEITA JOPARÁ
Ingredientes:
* Milho Branco: 1/4 kg.
* Charque: 1/4 kg. (pode ser substituído por carne assada, salgada e seca)
* Mandioca: 1/4 kg.
* Batata doce: 3
* Feijão: 1/4 kg.
* Cebola: 1
* Gordura: 1/2 xícara
* Sal
Deixar o feijão e milho de molho durante a noite. Cozinhá-los separadamente, sem sal, para evitar que endureçam. Separadamente fritar a cebola picada na gordura, adicionar a mandioca e abatata-doce e os pedaços desfiados da carne seca (ou carne). Quando o milho e o feijão estiverem macios, adicionar os ingredientes fritos. Deixar cozinhar por 20 minutos.
* Milho Branco: 1/4 kg.
* Charque: 1/4 kg. (pode ser substituído por carne assada, salgada e seca)
* Mandioca: 1/4 kg.
* Batata doce: 3
* Feijão: 1/4 kg.
* Cebola: 1
* Gordura: 1/2 xícara
* Sal
Deixar o feijão e milho de molho durante a noite. Cozinhá-los separadamente, sem sal, para evitar que endureçam. Separadamente fritar a cebola picada na gordura, adicionar a mandioca e abatata-doce e os pedaços desfiados da carne seca (ou carne). Quando o milho e o feijão estiverem macios, adicionar os ingredientes fritos. Deixar cozinhar por 20 minutos.
Karai Octubre |
ESP. Esta es una tradición guaraní que pasa de generación
a generación cada año con la llegada del mes de octubre:
Octubre Karai o El Senõr Octubre.
Vamos a aprender un poco más acerca de esta tradición com Adriana Alvarenga
explica en su artículo del sitio VisiteMissiones.
"El 1 de octubre, se revive para los guaraníes una
tradición anual, muy arraigada y conocida. En efecto, con el inicio de este
décimo mes también saldrá del monte un mítico personaje llamado Karai Octubre
Según cuenta la leyenda guaraní, este hombre que ahora trenza su látigo
de ysypo resguardado en las anchas alas de su raído sombrero de paja vive
solo en el monte. Nadie lo ve sino una sola vez al año. Aparece para comprobar
que se cumpla la tradición de siempre el primer día de octubre. Viene preparado,
con su rebenque listo para castigar a quienes se atrevan a desafiar la
costumbre.
Para los guaraníes, octubre es un mes de pocas
cosechas y donde escasean alimentos. Los aborígenes notaban que en la época en
que florecían los lapachos, disminuían las reservas de alimento, ya que no
había frutos que recoger en el monte y los animales estaban muy flacos por la
salida del invierno, y la agricultura que hacían como ser maíz, mandioca,
batata, recién se sembraban a partir de allí.
Karai Octubre es la pobreza, la miseria, las
penurias. Se le ahuyenta solamente con una olla repleta de comida. Si no
encuentra suficiente se queda con esa familia para todo el año y, además de los
rebencazos, la miseria les acompañará por todo el año, con sus nefastas
consecuencias. De ahí que en todas las casas, cada primero de octubre, no falte
el puchero bien servido. De esa forma la conciencia de toda la familia quedará
tranquila por el resto del año. En cambio aquellos que se resistan y mezquinen
la comida de ese día tendrán que convivir con el hambre por el resto del año.
Esta tradición enseña al campesino a prever el alimento para los suyos durante
los meses de “vacas flacas”, época que se inicia en octubre y que abarca los
últimos meses del año."
El jopara, como nos explica el Prof. David Galeano, se hace en la olla de hierro, con
fuego de carbón o leña, en el tradicional brasero. La faena para preparar el
jopara lleva prácticamente toda la mañana; y al lado se hará hervir la mandioca
que se convertirá en el acompañante más indicado para el jopara. La tradición
campesina nos muestra anualmente, a toda la familia reunida ese día en torno a
la mesa, a la siesta, para consumir el jopara y la humeante mandioca, a modo de
preparación para soportar este mes de carencias.
El profesor también nos explica que la “modernidad”
dificulta en algo la elaboración del jopara siguiendo el ritual antes
mencionado; es por eso que esa fecha, en los centros urbanos -donde la gente
trabaja en las oficinas y ya no tiene el largo tiempo necesario para preparar
el jopara- ocurrirá un fenómeno nuevo pero interesante: al mediodía
todos concurrirán a los mercados municipales o centros gastronómicos a
solicitar su plato de jopara. Es así que estos centros comerciales prepararán
litros y litros de jopara para poder satisfacer la gran demanda que habrá en el
día.
RECETA JOPARA
Ingredientes:
* Maíz blanco: 1/4 kg.
* Charque: 1/4 kg. (puede sustituirse por carne asada, salada y seca)
* Mandioca: 1/4 kg.
* Batatas: 3
* Porotos: 1/4 kg.
* Cebolla: 1
* Grasa: 1/2 taza
* Sal
Poner en remojo los porotos y maíz durante la
noche. Cocinarlos por separado, sin sal, para evitar endurecerlos. Freír la
cebolla picada en la grasa, agregar la mandioca y las batatas cortadas en
trocitos y el charque desmenuzado (o la carne). Sazonar. Cuando el maíz esté
tierno, incorporar esta salsa y los porotos. Dejar cocinar todo junto durante
20 minutos más.